O sentido da vida, nem sempre são descobertos pelos que aqui passam neste imenso paraíso multicolorido, de maravilhas inexplicáveis.
Nesta avenida onde moro, mesmo sendo em uma cidade grande é projetada, para as pessoas poderem apreciar pela janela de pedras e concretos, o que pode-se avistar entre prédios. Um horizonte azul do céu, e a turquesa das águas do mar, separados pela linha esverdeada no horizonte.
Numa esquina das muitas ao longo desta rua. Há uma casa antiga,onde podemos apreciar o mês todo uma cobertura cor maravilha, de uma ramagem da flor primavera, tão encantadora que não tinha como passar despercebido por alguém.
Em toda a avenida há um calçadão vasto em pedrinhas brancas desenhada em arabescos feitos em pedrinhas negras, fazendo parte do senário. Muitos bancos antigos ripados em madeira, colocados, lineados embaixo das sombrosas árvores. Cada uma cumprindo seu papel na primavera, com suas flores roxas, amarelas, brancas, vermelhas e lilas. Entre todas há umas branquinhas minusculas, tão pequenina em buques, cobrindo a ramagem. Faz as folhagens parecerem cobertas por rendas e são extremamente perfumadas.
Os velhos com suas bengalas e chapéis, sentados conversam, com certeza contam suas histórias e experiencias, desde muito cedo com a brisa suave, no vento calmo da manhã.
Outros andam devagarinho, respeitando a debilidade de seus passos, na lentidão da vida, que passa aos seus olhos meigos, que veem perfeitamente o passado, não tem nitidez no presente e não alcançam o futuro.
Nesta tarde quente de verão algarvia, vinha eu andando subida acima, neste lugar me sentei para me inteirar do que sentia aquelas pessoas que passavam muitas horas do dia ali, vendo o tempo passar. Quando por um segundo me peguei encantada com a dança das flores secas sobre a calçada,levadas pelo vendo, agrupadas a bailarem. Era a primavera derriscando suas maravilhas, e o sol as secando, o vento cantando sua musica, em rodas e indas, e vindas, deslizarem sobre as pedras. Um devaneio me pegou pelas mãos e me levou a bailar naquele som suave e seco.
O vento fresco tinha o perfume dos mares, e hora das montanhas. Havia perfume no ar, hora uma essência, hora outra. Fiquei alguns instante, contemplando a mão de Deus passando sobre nós,sobre tudo que nos rodeava,Quando dei por mim o tempo já ia longe e nem o tinha visto passar.
Logo no bando a seguir estavam três senhoras a conversarem, eu não havia percebido a presença delas, até que algo me chamou atenção. Um gesto de raiva de uma delas, quebrou a energia suave do lugar. Falando alto sobre alguém, e a conversa serrada era apenas de coisas tristes, dolorosas e doentias.
Fiquei pensando, quantas pessoas passam a vida a reclamar e não vivem, não vem o milagre acontecendo a seus pés, tem uma vivencia escura cinzenta, por conservarem uma trave nos olhos da alma. Não percebendo as cores da sabedoria, do perdão, da gentileza, do dar amor e receber, de desprender de tudo e de todos e se deixar levar pela vida onde o Criador escreveu o caminho.
Pessoas bitoladas a dar enfase, no lado mau das coisas, sem por atenção no bem que passa paralelamente, no mesmo momento. São tantos surdos, que não ouvem o canto dos anjos na natureza, não sente o perfume do jardim da vida, porque suas narinas estão entupidas pela poluição alérgica do mau humor.
Pessoas que caminham de olhos abertos e nada veem, alem de sua pequenez interior, um mundo escurecido pelos anos de negativismo. Não sentem o sabor de nada, pois têm o paladar amargo, insipto, pelas suas velhas crenças. O mais triste é morrer sem saber porque nascerão.
Nossa mente pensante é nossa liberdade, com ela podemos flutuar sobre as nuvens, caminhas entre as estrelas, voar sobre o mar. Podemos caminhar nas montanhas, mais alta e se soltar sobre as colinas, dar volta ao mundo e conquistar o universo.
Posso no meu pensar, agradecer a Deus por aquilo que ainda não tenho, porque sei que me dará. Agradecer por aquilo que ainda não é como se já fosse.Posso agradecer pelo agra por poder sentir esta energia vida.
Assim são todas as cabeças, porque não usar este potencial, para libertar-se da prisão inconsciente? Das algemas, e correntes nos pés? Sendo que a opção de ser feliz é nossa!