AMOR DE MÃE CURA

Estes dias vendo um documentário onde uma mãe falava do seu amor pelo filho e tudo que passara por ele, me lembrei quando os meus eram pequeninos e que sempre que caiam se feriam, então eu os pegava no colo, beijava o dodói ou passava uma pomadinha e dizia: Pronto, já sarou! e eles, parando de chorar, voltavam a brincar. Muitas das vezes era só dizer não foi nada; beija que sara, e eles beijavam o machucado e saiam acreditando que havia sarado.

Nos momentos que se sentiam tristes e humilhados por não terem aprendido a lição na escola ou por afronta de algum amiguinho – coisas de criança – ou de alguma forma que a professora possa ter chamado atenção em classe. Eu tinha o cuidado de me sentar com eles na hora de fazer os deveres de casa e conversávamos sobre o assunto, sobre como tinha sido o dia deles; se choravam, ao contar, eu enxugáva-lhes as lágrimas, acariciava o rostinho explicando o porque das coisas, assim sempre deixando claro, com naturalidade, seus valores afirmando que tudo passa e que no outro dia tudo seria alegria. Ao fim podia ver que estavam seguros e voltavam a sorrir novamente.

Quantas noites de febre e a mãe é o remédio. Quantos momentos difíceis na adolescência e a mãe é o remédio. Durante a vida a mãe está sempre de braços abertos para amparar, para levantar, para dar o amor que cura.

Esta mãe falava do seu sofrimento com seus muitos filhos e que seu amor vencera todas as barreiras, mas que na adolescência teve um filho nos vícios das drogas; dizia como era sua luta, com todas suas forças, por seu filho; eram horas de oração de joelhos no chão; no seu desespero passava madrugadas falando com Deus em suas lamentações pedindo pela libertação do filho.

Contando que este, em seus ataques de abstinência, quebrava tudo em casa, agredia a si mesmo e a quem estivesse perto se ela assim o deixasse fazer. Quando isso acontecia o levava para a praia, que era perto da sua casa e dizia a ele para extravasar, gritar, se esmurrar e que podia até bater nela, mas que com o intuito de que ele não iria mais se drogar. Ela via seu filho como louco. Por vezes foi agredida seriamente, mas o seu coração o amava mais e mais. Ela via o filho como a criancinha que vira crescer inocente.

O tempo passou, ela venceu o inferno, ele saiu das drogas e hoje é um filho exemplar, advogado e evangélico. Disse, a mãe, que Deus devolveu ao seu filho a vida, então passou a cuidar dele para ela e que agora ela o devolveu ao Pai. Disse que Deus confiou às mulheres os seus filhos, logo ser mãe é padecer no paraíso onde tudo vale a pena, onde tudo se transforma em AMOR QUE CURA.

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